Gravidez na adolescência
Adolescência, fase de novas descobertas, novas experiências, considerada por muitos a melhor fase da vida. Esta, porém, infelizmente está se acabando mais cedo para muitos jovens devido a vinda de uma gravidez. A gravidez na adolescência é uma epidemia mundial. É um fenômeno que é geralmente associado as classes sociais mais baixas por sua maior incidência ocorrer em famílias de baixa renda, contudo, segundo alguns estudos, esta independe de classes.
Fala-se de uma epidemia por que somente 5 a 10% das jovens dos anos 90 tinham uma gravidez precoce, hoje estima-se que, somente no Brasil, ocorra cerca de 700.000 partos em garotas entre 12 a 19 anos, isso sem contar jovens de famílias de média e alta renda que utilizam consultórios particulares, onde fica mais difícil de conseguir dados para a realização de uma estimativa.
Não se sabe ao certo se existem fatores determinantes ligados às gravidezes precoces, mas alguns são apontados como, deveras, comum como o excesso de informações, muitas das vezes errada, e a liberdade exacerbada concebida aos jovens de hoje acompanhados de falta de limites que deveriam ser impostos pelos pais e falta de responsabilidade, comum na juventude.
Outro fator apontado é o afastamento da família e a desestruturação familiar. Os pais estão cada vez mais distantes dos seus filhos, seja pelo divórcio ou pela rotina conturbada de ambos. Isso e o fato de os pais quererem sempre adiar a conversa sobre sexo dá ao adolescente uma certa sensação de liberdade, não tendo pra quem dar satisfações e em 99% dos casos chegando a ter uma conversa com os pais somente quando o problema já se instalou.
Tendo em vista a pesquisa feita sobre o assunto, ao meu ver estudiosos da sociedade, médicos, pedagogos e psicólogos estão em sua maioria, errados, pois muitos deles querem tirar a culpa de cima dos adolescentes e aponta-las somente aos pais. De certa forma os pais possuem sim uma parcela de culpa,