Granuloma periapical
GRANULOMA Após uma necrose pulpar, as bactérias que estão dentro do canal radicular, alcançam o periápice, apenas através do forame apical. A via de entrada é relativamente pequena, e o estímulo lesivo é constante e de baixa intensidade. Há consequentemente o desenvolvimento de um processo crônico, sem sintomatologia dolorosa. Com o decorrer do tempo há reabsorção óssea e a lesão geralmente é detectada no exame radiográfico, sendo chamado de granuloma. Os granulomas apicais são, portanto processos inflamatórios crônicos para combater e neutralizar os agentes agressores do canal. O termo granuloma é usado porque a reabsorção óssea em torno do ápice dentário permite a reação inflamatória ocupar um espaço circular ou oval, com a forma de um grânulo de 1-5 mm de diâmetro. O termo granuloma foi inicialmente aplicado na tuberculose, mas foi posteriormente usado em outros processos inflamatórios específicos ou não, desde que circunscritos e com a forma de um grão. O granuloma periapical é uma inflamação crônica, com predominância de células imunologicamente competentes, como os macrófagos, linfócitos e plasmócitos. Os LT predominam sobre os LB. Os neutrófilos se localizam principalmente na área do forame apical. Contém também vasos e fibroblastos. Corpúsculos de Russel são encontrados na maioria dos granulomas e cistos. Correspondem a plasmócitos hialinizados facilmente identificados. Os granulomas muitas vezes têm uma cápsula que se adere a raiz. Após o tratamento de canal os granulomas regridem, com a área adquirindo aspectos radiográficos normais após 12 meses.
O granuloma periapical é a lesão mais comum que acomete um dente com a polpa necrosada. Apesar de ser indolor, ela evolui lentamente e em raras vezes se torna grande. Quando por qualquer motivo não exista uma via de drenagem ou esta via de drenagem é interrompida o granuloma pode evoluir para um abcesso periapical agudo. O mais comum no granuloma periapical que