GRANDES LAGOS
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO O presente drama na República Democrática do Congo (RDC) iniciou-se com uma rebelião em 2 de agosto de 1998, quando Ruanda e Uganda, ex-aliados do Presidente Laurent-Desiré Kabila tentaram derrubá-lo do poder. A rebelião contra o Presidente Kabila foi precedida da ocupação da parte oriental da RDC por forças militares de Ruanda e Uganda e por dois movimentos rebeldes conhecidos como “RCD – Rassemblement Congolais pour la Démocratie”, e Movimento para Libertação do Congo – MLC. Kabila havia sido por muito tempo um líder rebelde, que oferecia oposição desde 1965 ao Presidente Mobutu, do Zaire, hoje República Democrática do Congo. Com a decadência do regime de Mobutu, Kabila aliou-se a tropas Tutsi do Exército Patriótico de Ruanda e de Uganda, e com sua ajuda foi capaz de entrar em Kinshasa em maio de 1997. A forte presença da etnia tutsi no novo governo da RDC, e sua aparente dependência do poder militar ruandense causou descontentamento. Kabila mais tarde rompeu seus vínculos com seus ex-aliados. Como conseqüência, em junho de 1998, alguns congoleses e oficiais militares de Uganda e Ruanda e tentaram derrubá-lo. O conflito evoluiu em uma guerra regional, em que Angola, Namíbia, Zimbábue, Chade e o Sudão garantiram apoio militar ao Presidente Kabila. No início de 1998 o Conselho deparou-se com a dramática evolução da situação na RDC, quando tropas de Ruanda e Uganda, com o apoio de dois grupos armados de oposição, intervieram contra o regime de Kabila. Os acontecimentos eram constantemente discutidos em consultas informais. Em 13 de julho de 1998, o Conselho (PRST/1998/20), condenou os massacres que ocorreram durante o avanço de tropas ruandenses no território da RDC, e encorajou os governos de Ruanda e da RDC a adotarem medidas para garantir que os responsáveis pelas atrocidades fossem levados à justiça. Com esta mudança na situação política, o Presidente Kabila argumentava que a presença