Grande Sert O
Grande Sertão: Veredas é um livro de João Guimarães
Rosa escrito em 1956. Pensado inicialmente como uma das novelas do livro Corpo de Baile, lançado nesse mesmo ano de 1956, cresceu, ganhou autonomia e tornou-se um dos mais importantes livros da literatura brasileira e da literatura lusófona.
A grandiosidade de Grande Sertão:
Veredas pode ser exemplificada pelas interpretações, que a abordam sob os mais variados pontos de vista, sem jamais deixar de ressaltar a capacidade e a confiança do autor ao ser inventivo. Extremamente erudito,
Rosa incorporou em sua obra aspectos das mais diferentes culturas. Disse uma vez que “para estas duas vidas
[viver e escrever], um léxico só não é suficiente”
Grande Sertão: Veredas gira em torno do jagunço Riobaldo, também conhecido como Tatarana ou Urutu-Branco, narradorprotagonista do livro. Há na obra dois pontos aos quais o narrador se apega:
Diadorim: um também jagunço, ser misógino com quem Riobaldo estabelece uma relação diferenciada, que se coloca nos limites entre a amizade e o relacionamento afetivo de um casal.
O pacto com o demônio: estabelecendo uma relação de intertexto com a história do Doutor
Fausto. A dúvida se o pacto teria se concretizado ou não (afinal , Lúcifer não se faz presente) incomoda o narrador e o leva a questionamentos profundos como a existência do diabo – e, por consequência, de Deus
A narrativa é construída com acentos e jeitos sertanejos, característica típica do Romance
Brasileiro Moderno escrito a partir
"da década de 1930. O narrador conta a história a um interlocutor desconhecido, que nunca se pronuncia, a quem ele chama "Senhor, "Moço" ou "Doutor".
Em sua narrativa, intérprete dos segredos das vered as, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e autoconhecimento: revelando o sertãomundo, revela-se a si próprio, como se dissesse “o sertão sou eu” para reconhecerse. Nessa perigosa travessia,