Grande Gerente
Março 2005
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Um grande líder tira partido dos anseios e dos medos que todos partilhamos. Já o segredo de um grande gestor é descobrir, desenvolver e louvar o que é peculiar a cada pessoa sob seu comando. Veja como isso é feito.
O que um grande gerente faz
Marcus Buckingham
“O
melhor chefe que eu já tive.” É algo que a maioria de nós já disse ou ouviu em algum momento.
Mas qual seu significado? O que separa o grande chefe do chefe típico? A bibliografia é copiosa em obras provocativas sobre as qualidades de gerentes e líderes — e se seriam dois seres distintos — mas pouco se fala sobre o que ocorre nas milhares de interações e decisões diárias que permitem a gerentes extrair o melhor de seu pessoal e conquistar sua devoção. O que faz, de fato, um grande gerente?
Em minha pesquisa — iniciada com uma sondagem de 80 mil gerentes conduzida pela Gallup Organization, seguida nos dois últimos anos de estudos minuciosos de um punhado de astros do desempenho —, constatei que embora haja tantos estilos de gestão quanto o número de gerentes, uma qualidade diferencia os realmente grandes: descobrir o que é peculiar a cada pessoa e tirar proveito desse atributo. Um gerente típico joga damas, enquanto o grande gerente joga xadrez. A diferença? No jogo de damas, todas as peças são uniformes e movidas da mesma forma; são intercambiáveis. Sem dúvida é preciso planejar e coordenar os movimentos, mas todas as peças são movidas no mesmo ritmo, em trajetórias paralelas. No xadrez, cada tipo de peça é movido de um jeito diferente e não se pode jogar sem conhecer como cada tipo deve ser movimentado. Mais importante, é impossível vencer sem pensar bem sobre como
mover cada peça. Um grande gerente conhece e valoriza as habilidades singulares — até as excentricidades — de sua gente e descobre a melhor forma de integrá-las num plano coordenado de ataque.
É exatamente o oposto do que faz um grande líder — que