Grande Equipamentos Urbanos
INSERÇÃO NAS CIDADES. ANÁLISE URBANA.
Introdução
Na medida em que inauguram ou agravam uma situação nova e geralmente intrusiva e agressiva para os ambientes onde se situam, todos os objetos projetados pela arquitetura devem buscar uma integração com esses ambientes, isto é, devem procurar uma relação de equilíbrio formal e funcional com o seu entorno. Quando este é rural ou relativamente intocado pela civilização, a intenção deve ser a de minimizar a alteração dos ambientes físico (topografia e hidrografia em especial) e biótico (espécies vegetais e animais), bem como a atmosfera selvagem ou bucólica até então prevalecente. Quando, como no caso que nos importa, a ambiência é urbana, a necessidade é de respeitar as características morfológicas das edificações existentes (principalmente o seu tamanho, volume e qualidade construtiva e arquitetônica), bem como as limitações urbanísticas dadas pelas condições e possibilidades de oferta das vias e dos serviços públicos de água, esgoto, eletricidade, telefonia, etc. Isto implica em que o projeto de qualquer equipamento deve ser precedido por uma análise territorial adequada e objetiva. No caso dos equipamentos urbanos a análise será necessariamente urbana, e se esses equipamentos forem definidos como “grandes”, o cuidado deve ser redobrado, pois o impacto de uma construção num ambiente cresce de modo mais que proporcional com o seu tamanho. Na verdade a questão da dimensão do equipamento, isto é sua classificação como grande, médio ou pequeno é efetuada largamente por comparação, e além das três dimensões físicas do equipamento, um importante critério para classificá-lo deste ponto de vista será o vulto do impacto que ele é capaz de gerar no ambiente prevalecente.
1. Equipamentos urbanos: conceituação e exemplos.
Como muitas outras expressões, “equipamento urbano” não tem um sentido muito claro. Na verdade uma rua é um equipamento