Granado

A Granado nunca enfrentou graves dissabores corporativos, como concordatas e pedidos de falência. Sua pior crise, nos anos 30, foi contornada com a cessão de uma pequena participação aos credores. A solidez, porém, foi acompanhada por ritmo lento de crescimento e apego quase dogmático ao foco original: a fabricação de produtos de higiene com propriedades terapêuticas, como o centenário Polvilho Antisséptico e o Sabonete de Glicerina. Mas como garantir mais 100 anos de vida saudável pela frente apenas com produtos e marcas cujo principal atrativo é um passado de glórias?

A Granado em 2011 teve crescimento de 50% ao ano nos pontos de lojas próprias,enquanto no atacado subiram 20%.A Granado prevê que seu faturamento chegue a 20% do faturamento nas lojas, em acima do que acontece atualmente arrecadando 5% do faturamento da empresa.
Em 2010 a Granado atingiu seu faturamento em R$180 milhões,em 2011 o faturamento foi de R$200 milhões.Representando um crescimento de 15% em relação a 2010

Sua estratégia de crescimento é lento, tendo como modelo marcas que tomaram decisão em crescer rapidamente, não ignorando a importância que isso tem, mas acabaram que perdendo o controle prejudicando a qualidade.

Curiosidade: O maior problema da Granado não eram os artigos que fabricava. Seu principal produto, um polvilho anti-séptico contra o mau cheiro dos pés, era até bem aceito pelo mercado. A questão é que a empresa se havia isolado da clientela e não conseguia falar a linguagem das grandes empresas. A Granado não tinha um único aparelho de fax e as quatro ou cinco linhas de telefone instaladas na sede da empresa não eram interligadas em ramais. Computador, ali, nem a passeio. A linha de produção era manual e o departamento comercial seguia uma rotina tão anacrônica que parece inacreditável. Vendedores tinham de preencher as faturas a mão, mandar os pedidos pelo correio e torcer para a carta não se extraviar no meio do caminho. A empresa mudou de dono em 1994 e, de lá