GRAMÁTICA: UMA ÁREA DE MUITOS CONFLITOS

GRAMÁTICA: UMA ÁREA DE MUITOS CONFLITOS
QUE GRAMÁTICAS EXISTÊM?

Pela linguagem alimentamos crenças, fazemos conjunturas, assumimos posturas e atitudes. É através dela que as comunidades linguísticas têm a preocupação de preserva-la, seja pelo fato de representar um fator de identidade cultural, seja pela condição de ela constituir o meio privilegiado de garantir a necessária interação social.
As atividades que implicam o uso da língua representam, portanto, o campo em que, mais especificamente, se exercita a constituição mesma da espécie humana. O uso de determinada língua constitui mais o fato isolado. A língua vai muito além do que determinar o que é certo ou o que é errado. Ela é parte de nós mesmos, de nossa identidade, cultura, história e sociedade. É por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade.
Essa noção de certo ou errado, precisa ser alterada na mentalidade de muitas pessoas, principalmente quando se fala em mudanças/variações, dado que uma grande parcela dos falantes crê que “as mudanças não são percebidas como mudanças, são percebidas como erro”.
Para Irandé Antunes, a língua pode se manifestar por mais de um tipo de gramática. Segundo ela, a gramática divide-se em gramática internalizada, gramática da norma culta, gramática funcionalista ou tradicional, gramáticas como disciplina e por último, gramática de um livro.
A gramática internalizada diz respeito as regras que definem o funcionamento de uma determinada língua, como em: ‘’ a gramática do português’’. Envolve, portanto, desde os padrões de formação das sílabas, passando por aqueles outros de formação de palavras e de suas flexões e etc.
Já a gramática da norma culta, determina o funcionamento de uma norma. Ela é particulada, ou seja, não abarca toda a realidade de uma língua, pois contempla apenas aqueles usos considerados aceitáveis na ótica da língua prestigiada socialmente.
Para Irandé, a