gramática na escola
É importante ressaltar que a norma culta é dominada majoritariamente por um elite detentora de poderio econômico, político ou cultural. A imposição exclusiva dessa variedade, retifica a disparidade social e a pseudo soberania cultural burguesa . Tal qual a injução dos valores e costumes europeus aos indígenas no processo colonizador do Brasil, a imposição da Gramática Tradicional e do consequente preconceito lançado sobre aqueles- a maioria dos falantes nativos- que dominam outros tipos de variedade, denota uma violência, uma tentativa despudorada de atacar a própria identidade individual, cultural e social de uma comunidade de fala.
Evidentemente, a escola deve assumir - e assim, o faz - a função de ensinar a norma padrão. No entanto, o questionamento levantado pelos linguistas em contraposição ao posicionamento purista e conservdor dos gramáticos tradicionais, é como o ensino da norma culta deve ser aplicado na escola. A imposição dessa variedade linguística, como a exclusiva maneira correta de utilizar-se do PB, pode afastar o aluno de sua língua materna, posto que, exclui as características de seu comportamento linguístico real - tomando como exemplo, a fala. Assitir a uma aula de português nos moldes do ensino prático atual, limita-se somente ao ''assistir''. O aluno entra em contato com uma língua distinta daquela que ele utiliza. Portanto, sente-se desinteressado e condenado a '' não saber a própria língua'', ou a considerá-la