Gramática em sala de aula
Quando se observa a maioria dos livros didáticos, percebe-se que neles abundam princípios gramaticais, eles apresentam a língua como um repertório de categorias cuja organização é em forma de modelos e unidades delimitadas. E muitas vezes, tem sido passado aos alunos conhecimentos sobre padrões estruturais da língua, sem levar em conta como isso se usa na comunicação. Diante deste fato, se vê a necessidade de reformular teorias e atitudes sobre o processo de aquisição da linguagem, visando minimizar os problemas existentes com relação ao enfoque gramatical e o ensino de línguas como instrumento de interação.
O artigo mostra que mesmo com as pesquisas realizadas nos últimos anos, o que seria suficiente para reconsiderar princípios de organização de programas e sistemas de instrução, a realidade muitas vezes segue a mesma com o ensino tradicional.
Com o início do ensino comunicativo de línguas, que propõe um enfoque funcional para o ensino de língua estrangeira em oposição a simples aprendizagem de princípios gramaticais sem aplicação, houve muitas discussões sobre o papel que desempenha a informação gramatical na sala de aula. Alguns defendem que a apresentação da gramática distrai o aluno do objetivo, que é a comunicação e não as formas em si. Outros adotam posições intermediarias, dizendo que a informação gramatical tem só um papel de apoio e uma terceira posição defende a gramática como sendo essencial e constroem suas aulas e atividades dando destaque especial a ela.
Na verdade, um dos maiores obstáculos para a evolução do ensino de L2 é o caráter simplista atribuído a ele, pois muitas vezes os problemas com o ensino são atribuídos a problemas metodológicos e isso acaba excluindo muitos fatores importantes que deveriam ocorrer, como a união de objetivos educacionais específicos da disciplina com os objetivos e necessidades dos alunos, implementação de atividades de instrução e sistemas de avaliação coerentes com os