GRAMSCI, Antônio. “Observações sobre a escola: para a investigação do princípio educativo” (p.42-53). In: Cadernos de Cárcere. [Vol. 02].

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

GRAMSCI, Antônio. “Observações sobre a escola: para a investigação do princípio educativo” (p.42-53). In: Cadernos de Cárcere. [Vol. 02]. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001

Licenciatura em Pedagogia – Noturno
Educação e Trabalho – 2013.2
Prof. Dalton

O texto aborda o pensamento educacional de Gramsci, sobre a organização escolar, ele aborda as seguintes questões: Fratura entre escola profissional e as escolas médias e superiores, a escola primária era colocada de lado.
Nas escolas primárias dois elementos faziam parte da formação das crianças: noções científicas e noções dos direitos e deveres do cidadão.
Representado pelo trabalho vivo do professor, quando este tem consciência das contradições da sociedade e da cultura, bem como de sua tarefa, que consiste na formação para condições superiores..
O “Estudo gramatical das línguas latina e grega, unido ao estudo das literaturas e históricas políticas respectivas, era um princípio educativo na medida em que o ideal humanista, que se personifica em Atenas e Roma, era difundido em toda a sociedade, era um elemento essencial da vida e da cultura nacionais.”
O conhecimento é produzido pelo pensamento através da apreensão e representação das relações que constituem o real.
A participação de massas mais amplas na escola média traz consigo a tendência a afrouxar a disciplina do estudo, a provocar “facilidades”.
Para se criar uma nova camada de intelectuais, chegando as mais altas especializações, será preciso superar enormes dificuldades.
Para Gramsci a atitude crítica e a busca de soluções viáveis frente aos problemas, são inerentes à atividade intelectual. De modo que o verdadeiro intelectual não é mais concebido como um pesquisador desinteressado, mas encontra-se inserido numa realidade como construtor, organizador, é que, a sua maneira, todos os homens são intelectuais, ainda que nem todos desempenham na sociedade a função de intelectuais.