Grafologia e psicologia
Muitas pessoas, quando ouvem falar da grafologia que estuda a personalidade, tendem a pensar: de um ano para outro, mesmo de um dia para outro, a minha letra muda. Meu modo de escrever é variado. Cada vez escrevo de uma maneira diferente. Como pode a grafologia estudar a minha personalidade? É um fato que o aspecto do grafismo individual é conseqüência do estado atual do ânimo. Das variadas reações inconscientes surgem as mudanças no modo de desenhar as letras e percorrer a trajetória da linha que forma as letras. É aí que está a beleza do estudo: acompanhar as variações e a evolução da personalidade, para identificá-la completamente! Da forma como ocorrem as oscilações e as mudanças, muito se conclui a respeito da energia, da constância, dos estados de ânimo e das convecções mais íntimas. As variações na letra são dependentes fidedignos do que ocorre em função de temperamentos, educação e estado de cultura. A pesquisa confirma todas as conclusões a que pode chegar um grafólogo para auxiliar o trabalho dos psicólogos no conhecimento da personalidade de quem escreve. O curso de grafologia percorre todas as etapas que levam a esse conhecimento pela escrita. O que se pretende, neste livro, é apresentar as teorias que foram elaboradas pelos que observaram e estudaram os argumentos que formam a base sólida em que se apóia o estudo da grafologia. A grafologia é um dos instrumentos precisos da investigação psicológica. Assim, é necessária a presença da psicologia e de seus conceitos nas conclusões que a grafologia procura alcançar. Para satisfazer esta necessidade, os primeiros capítulos são apresentados extratos das teorias da psicologia da forma, da estrutura psíquica e da base psicanalítica formuladas por Freud, Jung, Perls e Klages, e Eric Berne. Sobre a grafologia, após longa pesquisa que comprovou sua natureza estritamente científica, Alfred Binet, declarou: "é o instrumento mais belo e precioso com que um psicólogo pode dispor" . 1