Graficos
Este estudo teve como objetivo investigar a compreensão da leitura/interpretação de gráficos de barra, a construção desse tipo de gráfico a partir de dados apresentados em tabelas e a relação entre interpretação e construção. Estudos atuais (Leinhardt, Zaslavsky, e Stein, (1990); Mevarech e Kramarsky, 1997) vêm mostrando que os gráficos são um importante recurso para a resolução de problemas do cotidiano e é preciso que os alunos tenham clareza que interpretar gráficos refere-se à habilidade de ler, ou seja, de extrair sentido dos dados e, que construir um gráfico refere-se a geração de algo novo que exige a seleção de dados, de descritores, de escalas e do tipo de representação mais adequado. Nesse sentido, construir é qualitativamente diferente de interpretar. Entretanto, ambas as situações, interpretação e construção de gráficos, exigem dos sujeitos um conhecimento sobre gráficos. Leinhardt et al (1990) buscaram investigar quais são as ações e os significados associados com o trabalho com gráficos e funções e concluíram que a maioria das ações relacionadas a gráficos e funções podem ser classificadas em interpretação e construção e essas não são categorias mutualmente exclusivas. Esses argumentam, ainda, que a maioria dos estudos investigam questões de interpretação. Os autores analisaram interpretação e construção a partir de duas dimensões: local para global e quantitativa para qualitativa. Para discutir a interpretação local / global é preciso considerar se o foco de atenção busca um ponto no gráfico ou uma análise mais global. Vários autores (Bell e Janvier, 1981; Kerslake, 1981; Preece, 1983) argumentam que existe uma ênfase desproporcional no currículo em relação as questões que envolvem interpretações locais ou pontuais. Schoenfeld, Smith e Arcavi, in press; Stein, Baxter e Leinhardt, in press; Yerushalmy, 1988 argumentam que tal enfoque leva os alunos a terem uma concepção de