graduação
Aluna: Jéssica Emanuelli Pereira da Cunha
CONSIDERAÇÕES SOBRE O AUTOR
John Berger nasceu em Londres em 1926. É um contador de histórias, ensaísta, novelista, argumentista e crítico. É um dos escritores mais influentes a nível internacional dos últimos cinquenta anos, que explorou a relação entre o indivíduo e a sociedade, cultura e política e experiência e expressão, numa série de livros, peças de teatro e filmes.
Entre os seus inúmeros livros, inovadores quanto à forma e apresentando uma ampla perspectiva histórica e política, destacam-se o romance G., vencedor do Booker Prize, To the Wedding e King. Figuram entre os seus estudos mais importantes sobre arte e fotografia Another Way of Telling, The Success and Failure of Picasso, Titian: Nymph and Shepherd e o internacionalmente aclamado Ways of Seeing.
RESENHA
No primeiro capítulo do livro “Modos de Ver”, John Berger trata sobre o processo histórico do conceito de imagem, analisando suas formas de significação. Para o autor, o ato de ver é sempre relacional, estabelece e é estabelecido pelo nosso lugar no mundo circundante. A maneira como enxergamos algo é afetada e influenciada pelo que sabemos e pelas nossas experiências. Dessa forma, as imagens não devem ser encaradas como uma cópia da realidade ou como documento de verdade, mas sim devem ser tomadas sempre por uma ótica interpretativista, contextual e relacional.
De acordo com Berger, estamos sempre olhando para a relação entre as coisas e nós mesmos, ou seja, sempre que vemos fazemos o movimento de distanciamento ou aproximação de nós. Como disse Rimbaud, eu é outro. O outro constitui o eu, a alteridade é constituída por nós e nos constitui enquanto eu. Da mesma forma, o sujeito cognoscente não está separado do objeto cognoscível. Assim, a visão assume um caráter de reciprocidade mais fundamental do que o diálogo falado.
John Berger faz um apanhado histórico sobre a forma de interpretar as imagens. O autor