[INTRODUÇÃO] Recentemente a Serasa cedeu parte de seu grande banco de dados ao Centro de Estudos em Finanças (GVCEF) da EAESP - FGV para fins acadêmicos. Com a intenção de fazer bom uso destes dados, surgiu a idéia de comparar as empresas de capital aberto com as empresas de capital fechado verificando qual delas está sendo mais eficiente em seu propósito básico, a geração de valor. [METODOLOGIA] Para apuração do valor gerado usamos basicamente uma derivação de um modelo que surgiu em 1991 na consultoria Stern, Stewart & Company, chamado de Valor Econômico Adicionado, ou simplesmente EVA®. Trata-se de uma medida de desempenho que se baseia não na noção de lucro contábil, mas sim na de lucro econômico. Ele considera que a riqueza é criada apenas quando a empresa cobre todos os seus custos operacionais, inclusive o custo do capital. [RESULTADOS] A idéia central deste trabalho foi responder a seguinte questão: será que as empresas de capital aberto, que estão constantemente submetidas aos olhos dos investidores, da sociedade, dos legisladores, aos diversos graus de Governança Corporativa, etc, são mais profissionais? Elas, de fato, estão conseguindo gerar mais valor do que as empresas de capital fechado? [CONCLUSÃO] Dividimos as empresas por estrutura societária (empresas de capital aberto e empresas de capital fechado). Posteriormente elaboramos uma análise da amostra e constatamos que cerca de 97% das empresas listadas tinham capital fechado. Segmentamos a amostra por setor de atuação na economia, notamos que há um certo equilíbrio entre o número de empresas atuantes no setor industrial, de serviços e comercial. Já de forma bastante reduzida, vem o número de empresas do setor primário, representando menos que 2% do total. Constatamos que diferentemente do senso comum, são as empresas de capital fechado que estão conseguindo ser mais eficientes na obtenção de resultado operacional. Em 1996, foram quase 70% das empresas de capital fechado que conseguiram gerar valor