Graduação

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes,1995.
Noção de indivíduo
Para Goffman, o indivíduo foi de forma subentendido dividido em duas condutas fundamentais: foi apontado como ator, considerado numa “trama” onde estava envolvido numa tarefa de encenar uma representação; e também foi considerado como personagem, onde muda de acordo com a cena na qual o individuo está posto. Os atributos do ator e os do personagem são de ordens diferentes, segundo Goffman, ambos os conjuntos têm seus significados em termos do espetáculo que deve prosseguir. Goffman afirma que quando um indivíduo chega diante de outros suas ações influenciarão a definição da situação que se vai apresentar. O autor mostra-se o quanto o individuo é interessado e preocupado em representar o seu “eu” de uma maneira positiva ou negativa, de acordo com a interação social onde estará inserido. Durante o período em que o indivíduo está na presença imediata dos outros podem ocorrer poucas coisas que dêem diretamente a estes a informação conclusiva de que precisarão para dirigir inteligentemente sua própria atividade. Muitos fatos decisivos estão além do tempo e do lugar da interação, ou dissimulados nela. E nessa interação, Goffman coloca que todas as pessoas que interagem nesse círculo social “temporário” dissimulam, tentam passar mensagens umas as outras, sendo comparadas como atores e personagens.
Noção de sociedade
A noção de sociedade para o autor se relaciona unicamente pelo fato da interação social dos indivíduos. Pois dentro dessa interação entre um pequeno grupo, num dado momento e num determinado espaço, o indivíduo deverá expressar a si mesmo e impressionar os observadores. O indivíduo influencia o modo que os outros o verão pelas suas ações. Nesse contexto, vemos que o grupo social onde estará inserido moldará seu comportamento. Dentro desse conjunto de pessoas, compartilham gestos, impressões e expressões. O autor afirma que a sociedade se organiza