Graduação
Para Pichon, grupo operativo é um instrumento de trabalho, um método de investigação e cumpre, além disso, uma função terapêutica, pois, se caracteriza por estar centrado, de forma explícita, em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades, etc...
Sua teoria tem como premissa principal o indivíduo inserido em um grupo, percebendo a intersecção entre sua história pessoal até o momento de sua afiliação a este grupo
(verticalidade), com a história social deste grupo até o momento (horizontalidade). "A verticalidade e a horizontalidade do grupo se conjugam no papel, necessitando a emergência de um ou mais porta-vozes, que, ao enunciar seu problema, reatualizando seus acontecimentos históricos, denuncia o conflito da situação grupal em relação à tarefa."(Osório,1991) Pichon caracteriza grupo como um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, em forma explícita ou implícita, à uma tarefa que constitui sua finalidade. Dentro deste processo, o indivíduo é visto como um resultante dinâmico no interjogo estabelecido entre o sujeito e os objetos internos e externos, e sua interação dialética através de uma estrutura dinâmica que Pichon denomina de vínculo.
Vínculo é definido como "uma estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto, e sua mútua interelação com processos de comunicação e aprendizagem." (Pichon, 1988)
Ao elaborar a teoria do vínculo, Pichon a diferencia da teoria das relações de objeto concebida pela Psicanálise (que descreve as possíveis relações de um sujeito com o objeto sem levar em conta a volta do objeto sobre o sujeito, isto é, uma relação linear), propondo, então, o estudo da relação como uma espiral dialética onde tanto o sujeito como o objeto se realimentam mutuamente.
É sempre uma situação em forma de espiral contínua, onde o que se diz ao paciente por exemplo-interpretação, no