Graduação e pós-graduação: produção e reprodução em série
INTRODUÇÃO
Esta exposição tem como objetivo contextualizar o entendimento sobre
a universidade e sua evolução quantitativa atrelada à questão da formação
docente como vetor que perpassa a Política Nacional da Educação. Revisitar
a lógica do Plano Nacional de Pós-graduação para balizar o debate acerca da
expansão estrategicamente projetada neste setor constituiu-se em pano de
fundo no debruçar desta reflexão.
Panorama do Ensino Superior no Brasil contemporâneo
Um milhão de estudantes, aproximadamente, concluiu o ensino
superior em 2010, segundo o secretário de Educação Superior do Ministério
da Educação Luiz Cláudio Costa. Esses são os dados do último censo da
educação superior divulgado em Belo Horizonte/MG durante o I Encontro
Nacional do Censo da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais INEP. Importante aqui destacar que, de
acordo com o Censo 2010, dentre os 973.839 concluintes do ano de 2010,
190.587 enquadram-se na categoria pública, sendo 99.945 em âmbito federal,
72.530 no estadual e 18.122 no municipal. Os 783.242 concluintes restantes o
fizeram na categoria privada.
Apesar dos resultados que registram o avanço expansionista da
categoria privada é relevante ressaltar a ampliação do ensino superior público
para além das unidades do REUNI. Em 2005 são criadas a Universidade
Federal do ABC, a Universidade Federal do Grande Dourados, no Mato
Grosso do Sul, com mais um hospital universitário, a Universidade Federal
do Vale do São Francisco e dos pólos universitários de Volta Redonda,
Baixada Fluminense e Garanhuns. Vários novos campi foram criados, como
UNIFESP/Santos,
UFSCAR/Sorocaba,
UFPR/Litoral,
UFBA/Vitória
Conquista e UFAC/Universidade da Floresta (ANDES, 2011).