Graduação em Pedagogia
Trabalho de conclusão da turma do 7º período da disciplina ALFA I.
ISERJ
Introdução
A concepção de alfabetização precisou ser redefinida para atender as novas propostas de valorização da criança e do seu reconhecimento como sujeito ativo. Mesmo havendo muitos professores que ainda continuam com a velha concepção tradicional de alfabetizar mecanicamente, alguns já estão abrindo os olhos para essa nova concepção em que o processo de alfabetização está estritamente ligado ao paradigma do letramento que é um processo que não ocorre apenas na escola, mas ao longo da vida.
Concepção Sociointeracionista
A abordagem sociointeracionista tem como principal representante o russo Lev Vygotsk. Para Vygotsk, a construção do conhecimento acontece na interação social entre o indivíduo (criança) e o contexto sócio-histórico (o meio em que vive e a história de vida) em que ele se insere. A partir da experiência que estabelece com outras pessoas, a criança desenvolve outro tipo de inteligência, chamada inteligência verbal. Ao valorizar a importância das trocas sociais, ou seja, da interação entre sujeitos num espaço histórico e socialmente determinados, o processo de construção é deslocado do conhecimento da ação individual para uma ação coletiva conjunta, cujo valor formativo dependerá da internalização das normas culturalmente valorizadas que regem tais situações. A concepção sociointeracionista está fundamentada nos pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético, cuja compreensão da realidade é marcada pela história, interações delas com seus pares e com os materiais escritos que circulam socialmente. Nessa perspectiva, a aprendizagem é resultante das interações sociais, uma vez que estas desempenham papéis determinantes na constituição dos sujeitos, principalmente no que se referem ao desenvolvimento das