Graduando
O território não é necessariamente uma delimitação geográfica. Segundo Berger e Luckmann, ele pode ser compreendido como a delimitação objetiva de um universo simbólico, que unifica e dá significado a vida humana.
O território é portanto um espaço simbólico, criado a partir de práticas que são institucionalizadas ao longo da história, até que se tornam naturais.
Essa definição remete a definição de “campo” criada por Bourdieau: um ambiente marcado pelo “compartilhamento de interesses, costumes e condutas reconhecidas e adotadas como padrões de comportamento”. (BELOCHIO, 2005, p. ).
Bourdieau apresenta a seguinte definição para campo: um espaço social estruturado, um campo de forças - há dominados e dominantes, há relações constantes, permanentes, de desigualdade, que se exercem no interior desse espaço - que é também um campo de lutas para transformar ou conservar esse campo de forças. (Bourdieau, 1997, p. 15).
No interior desse espaço está presente o capital simbólico, “a partir da qual os atores sociais definem normas, assumem papéis e funções e organizam as suas relações, estruturas e atividades.” (Belochio apud Klein, 2008; Kuschick Berger, 1996; Miranda, 2005).
Belochio aponta, então, que o capital simbólico pode ser compreendido como conjunto de referências, que permite que grupos e espaços sejam diferenciados pelas pessoas. Com base também nessas referências são atribuídos papéis e ações, na medida em que os indivíduos se baseiam nelas também para se identificarem como parte ou não de determinado grupo.
Essas referências são construídas ao longo da história e passam por um processo de instituicionalização. No entanto, a chegada de novas ideias dentro de um campo leva ao questionamento do modo anterior de organização. Com isso, surgem embates que buscam preservar a essência do próprio campo ou território.
Baseada nesses pontos, Belochio aponta qie o jornalismo também possui um