Graduando
RESENHA CRÍTICA
Filme: Danton, O Processo da Revolução - De Andrzej Wajda (1982)
O filme DANTON, O Processo da Revolução, retrata a passagem da Revolução Francesa em que Robespierre comanda uma fase de terror. Em que o lema da Revolução “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” é completamente esquecido para a população francesa.
Em 1794, a França estava sob o jugo do Tribunal Revolucionário, ninguém podia se opor à Revolução porque era considerado contrarrevolucionário. O Tribunal levou milhares de pessoas para a guilhotina. É neste contexto que Danton chega a Paris, e se depara com uma revolução sanguinária e sem controle, onde Robespierre, seu companheiro de Revolução, na liderança do Comitê de Segurança, inicia uma verdadeira caça as bruxas aos contrários a revolução e faz dezenas de cabeças rolarem.
O povo que já tinha que suportar a fome, agora também engole o medo. Todos podem ser suspeitos em potencial de serem contra revolucionários, nem mesmo Danton escapou. Contraditoriamente os mesmos revolucionários que um dia levantaram a bandeira dos Direitos Universais do Homem e do Cidadão, implantavam um regime de terror. Confiante no apoio do povo Danton entra em conflito com Robespierre, seu antigo aliado. O filme mostra que a liberdade, a igualdade e a fraternidade podem ser facilmente esquecidas por nós, e que o poder pode corromper até mesmo os ideais.
Chamou-nos a atenção algumas cenas do filme: a da criança que apanha enquanto decora os Direitos Universais do Homem e do Cidadão e no final do filme recita para Robespierre; a cena da reunião do Comitê em que Robespierre, inspirado em “O Príncipe” de Maquiavel, diz que para manter o governo seria capaz até mesmo se humilhar; as cenas em que Robespierre propõe aliança a Danton e posteriormente a Desmoulins e só decide condená-los quando é rechaçado por ambos; e a cena em que Danton no momento de ser guilhotinado,