GRADUANDO
Departamento de Ciências Sociais
As Trajetórias da Modernidade e o Pensamento Político
Exercício comparativo: Contratualismo Hobbesiano x Teoria Política de Maquiavel
Comprar dois gigantes da filosofia política não é tarefa para poucas linhas. Contudo, será realizado adiante um comparativo entre Maquiavel e Hobbes buscando salientar diferenças e semelhanças entre as características da teoria política de cada um deles. Para tal, utilizaremos “o leviatã”, obra prima de Hobbes e “Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio” livro de Maquiavel. Em “Leviatã”, Thomas Hobbes se firma como primeiro dos contratualistas. Debate temas como natureza humana e o motivo de se fundarem governos, bem como, o modo como devem se estruturar. Nos “Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio”, Maquiavel discorre sobre como se fundam as Republicas, demonstrando sua fragilidade assim como seus pontos fortes. Como é da característica do autor, se apropria de elementos históricos para fundamentar sua teoria, no caso dessa obra, realiza um comparativo entre Roma clássica e Florença. Antes de realizar uma análise comparativa entre o Estado Hobbesiano e a teoria política das repúblicas de Maquiavel se faz necessário compreender qual o motivo leva o homem a formar o Estado, o que torna necessária a organização de uma sociedade civil. A este respeito, quem melhor discorreu sobre o assunto foi Hobbes. No Leviatã cunha o termo “estado de natureza” para explicar a necessidade de se formar o Estado. Para o autor, o que precede a organização da sociedade civil é o estado de natureza. Neste cada indivíduo goza de total liberdade, nas palavras de Hobbes o jus naturale:
“[...] é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida: e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”