graduando
Outros caminhos para a mudança
Antonio Ibañez Ruiz*
RESUMO: O artigo mostra o avanço contido do ensino médio integrado à educação profissional (EMI), após a publicação do Decreto nº 5.154, de 2004, e propõe mudanças no ensino médio propedêutico, para que esta etapa da educação básica possa se preparar para a integração.
Palavras-chave: Educação profissional. Ensino médio propedêutico. Ensino médio integrado à educação profissional. Diretrizes curriculares do ensino médio.
Introdução
O
s dados do MEC/Inep e as diversas avaliações a respeito do ensino médio mostram que esta etapa da educação básica não consegue sair do estado grave e letárgico em que se encontra há muito tempo. Os tênues avanços apresentados no último Ideb não alteram a percepção de que o MEC, os estados, a academia, os sindicatos e a sociedade em geral, incluindo os partidos políticos, não estão conseguindo apresentar saídas para que os jovens que frequentam essa etapa de ensino tenham melhor aprendizado, diminuindo o abandono escolar.
No início do governo Lula, em 2003, o MEC, por intermédio da antiga Semtec
(Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico), promoveu dois seminários nacionais para discutir o ensino médio e a educação profissional. O primeiro foi Ensino Médio: Construção Política. O segundo, Concepções, experiências, problemas e propostas. A intenção era iniciar a construção de um projeto que superasse a dualidade estabelecida pelo Decreto nº 2.208, de 1997, separando a vertente propedêutica da profissionalizante (BRASIL, 2007, p. 6).
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Doutor em Engenharia Mecânica. Reitor da Universidade de Brasília (UnB) – Gestão 1989/1993; Conselheiro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (2005/2008); é Secretário
Executivo Adjunto do Ministério da Ciência e Tecnologia. E-mail: .
Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 4, n. 7, p. 341-352, jul./dez. 2010. Disponível em:
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Antonio Ibañez Ruiz