graduando

Patrões e Operários franceses do século XIX: a industrialização e o processo de inserção das máquinas
Fundamentado no livro “Os Excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros” este Paper pertente elencar algumas ideias e discussões sobre o olhar do operário em relação ao seu patrão, e ainda, em relação ao ingresso das maquinarias na segunda metade do século XIX.
Antes de tudo, vamos explicitar o que entendemos por “máquinas” e sua ordem de inserção no processo de acumulação de capital. A principio, podemos afirmar, que a máquina é inserida não somente e marjoritariamente com a intenção de causar uma mecanização e/ou avanço das tecnologias comerciais de produção, mas sim com caráter disciplinatório e modelo para os operários. Perrot afirma que
“a função política da divisão do trabalho e da maquinaria nos processos de acumulação de capital [é ser] : instrumentos de uma estratégia patronal para o controle da produção e a imposição da obediência a trabalhos cuja competência profissional garantia uma incômoda autonomia” (PERROT, 1988).
Nesse processo lento da industrialização, do mundo pós Revolução, do processo que superou os “molde” do feudalismo, ou seja, processo de fabricação das grandes máquinas, os que sofrem os primeiros e maiores impactos das mudanças, sem dúvida, são os operários, especificamente os laníferos e os da industria têxtil. Isso porquê os operários, não tinha mais voz em movimentos, a luta por melhores salários e menos horas e melhor condição de trabalho estava sendo ameaçada pelas máquinas, ou seja, o patrão, utilizou da máquina para, de certo modo, controlar as condições dos trabalhadores.
Quanto a esse processo de mudança, vale destacar que, as primeiras revoltas e movimentos contra-ofensivos dos operários em relação as máquinas, era contra a substituição do homem pela máquina, contra os abusos da carga horária de trabalho, etc, e não contra o progresso tecnológico. Foi uma resistência contra a questão