graduando
Faculdade de Educação
Curso de Pedagogia
William Scheidegger
Resenha: A maçonaria brasileira e o ensino laico (séc. XIX)
Rio de Janeiro
2013
Em meados do século XIX a maçonaria foi o principal difusor das ideias anticlericistas vindas de determinadas classes sociais. A maçonaria era a favor do ensino laico, fato este que não condizia com o atual ensino daquela época ministrado, em grande parte, pela igreja católica. Os maçons passaram então à combater através de diversos meios os privilégios que o catolicismo tinha no país.
Acreditavam que as práticas de ensino realizadas pela igreja eram baseadas em “obscurantismo”, pois estas se estabeleciam em crendices e superstições não estando assim pautadas na ciência. A maçonaria não carregava sozinha esta ideia anticrericista, a elite e os intelectuais daquela época também, a maçonaria foi apenas um “fio condutor” para que este “movimento” de fato ocorresse. A busca maçônica era também por um estado laico. Para a maçonaria o ensino poderia ser o principal meio para a difusão das ideias liberais e racionalistas e a igreja católica oferecia uma má influência neste aspecto. Neste contexto a maçonaria posicionou-se para reverter este quadro. Naquela época o ensino brasileiro encontrava-se em gravíssimo estado, pois o descaso do governo para com ele era quase total. A maçonaria defendida rigidamente a obrigatoriedade do ensino aos jovens. Saldanha Marinho, um dos principais representantes maçônicos da época, atacou a igreja dizendo que esta pretendia tomar para si a educação pública e consequentemente, dominar o povo. Em 1870, muitos acontecimentos ocorreram em relação a tal fato. Surgiram então propostas de lojas maçônicas para visando a participação de professores na maçonaria, isso passou a ser visto como uma das principais formas para obter acesso e influencia influenciar na formação laica dos setores populares. Frente ao