graduando
Trabalho de Filosofia Medieval
Tomás de Aquino. Suma Teológica – Parte I
Questão 85 – Epistemologia
O próprio Tomás de Aquino apresenta o argumento inicial de que os objetos materiais e corpóreas não são abstraídas no intelecto humano pela semelhança de suas particularidades, ou seja, pelas fantasias; ainda assim, que só é possível abstrai-las em contato com a matéria. Em resposta, ele afirma que o intelecto intelige as espécies somente nas próprias fantasias, sem abstrai-las. Diferentemente do intelecto angélico, o intelecto humano possui o órgão do sentido como primeira capacidade cognoscitiva, a qual é apenas dos objetos particulares. Uma outra potência cognoscitiva do mesmo é o que permite “conhecer a forma existente individualmente na matéria corporal, não porém na medida em que está em tal matéria”, e o conhecimento do que é imaterial adquirido pelo que que é material é Inteligido através da abstração das fantasias. Dando continuidade ao seu argumento, o filósofo defende que há dois modos de abstrair: o primeiro pela composição e divisão; e o segundo pela consideração simples e absoluta. Afirma também que a matéria é dupla: a comum e a individual. A abstração das espécies é feita pelo intelecto da matéria individual e não da comum. Em relação às espécies matemáticas, Tomás de Aquino afirma que “podem ser abstraídas pelo intelecto da matéria sensível, não só individual, mas também comum; não porém, da matéria inteligível comum, mas apenas da individual”, visto que “a quantidade está presente na substância primeiro que as qualidades sensíveis. Sendo, as quantidades, como os números, por exemplo, as dimensões e figuras, os que são os limites das quantidades, podendo até serem consideradas sem as qualidades sensíveis.” Para concluir, o autor enfatiza que o intelecto agente faz a abstração das espécies inteligíveis das fantasias e, dessa maneira, o intelecto