graduando
O autor inicia o texto afirmando não ser seu objetivo fazer uma análise das contribuições de diversos grupos étnicos de modo a destruir as bases do preconceito racista que, segundo ele, decorre do erro em extrapolar a noção puramente biológica de “raça” para aspectos sociológicos e psicológicos da cultura. Desse modo, ele rejeita a teoria de Gobineau de que diferentes “raças” (constituição anatômica ou fisiológica) teriam aptidões diferentes. Lévi-Strauss não rejeita, entretanto, o aspecto da diversidade, mas o estabelece sobre o plano da cultura, ele irá se debruçar, assim sobre em que consiste a diversidade.
Ao discorrer sobre a diversidade das culturas, ele afirma que esta está em um nível de riqueza impossível de ser conhecido, pois se trata de sociedades justapostas no tempo e no espaço dentre as quais inúmeras não são passíveis de experiência direta. Todavia, mesmo dentro desses limites impostos, é possível perceber que o universo social não é algo estático onde não ocorrem interações, mas que as culturas estão em constante contato umas com as outras se modificando mutuamente. Dessa forma, o autor acredita que as sociedades se definem a partir das relações mútuas e do contraste com outros grupos.
Definindo as bases do etnocentrismo, o autor identifica que a atitude mais básica e comum em face de formas culturais afastadas da nossa experiência é a rejeição, a repulsa, classifica-se o diferente como selvagem, parte da natureza e não do cultural. Contraditoriamente, esse é o principal modo de agir desses “selvagens”. Outra vertente do etnocentrismo se encontra na negação da diversidade considerando-a apenas aparente dado que existiria um desenvolvimento único e que as