Graduando
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
A PSICANALISE E O AUTISMO INFANTIL
Florianópolis, Fevereiro de 2013 Introdução O autismo, que hoje é considerado como um “Transtorno Global do Desenvolvimento”, segundo o DSM IV, tem sido estudado por diversas áreas de conhecimento ao longo dos anos. No presente trabalho, o objetivo é estudar o autismo através das teorias presentes na perspectiva psicanalítica, utilizando como método uma revisão da literatura a respeito do assunto. Muito se pesquisou sobre as possíveis causas e peculiaridades da síndrome autista, sem que se chegasse a um consenso sobre as possíveis causas do transtorno. Os indivíduos autistas, apesar de terem características em comum, as manifestam de modos diversos. Os campos mais comprometidos em seu desenvolvimento são o linguístico, social, cognitivo e sensorial.
Kanner, em 1943, foi o primeiro a apresentar a comunidade cientifica uma manifestação dos padrões típicos manifestados pela criança com autismo: incapacidade de se relacionarem com outras pessoas; severos distúrbios de linguagem e uma preocupação obsessiva pelo que é imutável; que ele denominou como Perturbação Autista do Contato Afetivo (Pereira, 1999). Antes disso, o termo autismo era utilizado pela psiquiatria para designar uma característica da esquizofrenia, que era o isolamento extremo (Mota, 2010).
Segundo Mota (2010), Kanner observou que a maioria dos pais de crianças autistas era de classe média alta e apresentava uma atitude de indiferença no cuidado com suas crianças. Kanner construiu a “teoria da mãe geladeira”, que tratava da fria relação entre mãe e filho, ele dizia que essas crianças possuíam pais muito inteligentes, porém pouco afetivos (Borges, 2006). Essa teoria foi desconsiderada como causa do autismo, contudo é interessante observar que desde o inicio dos estudos sobre o autismo já se apontava