Graduanda
* Fichamento do texto "São Paulo Metrópole", capítulo 2, de Regina Meyer, Marta Grostein e Ciro Biderman
A estruturação do espaço urbano de São Paulo relaciona-se diretamente com a ocupação urbana e a topografia do planalto paulista. Cinco grandes "artérias" de convergência – e por que não eixos de comunicação - definiram o território metropolitano como ponto de entroncamento e articulação regional, além de sua urbanização: Rio de Janeiro a nordeste; Minas Gerais ao norte; Campinas a noroeste; Itu a oeste-noroeste e Sorocaba a oeste e enfim o sudoeste. Tal estrutura centrífuga de escoamento nessas vias gerou uma força urbana centrípeta, modelo observado em várias outras capitais latino-americanas (incorporando territórios e concentrando funções).
A articulação desse núcleo central com seu entorno se deu, desde o início, através do sistema de transportes (processo semelhante a suburbanização norte-americana e a própria descentralização paulista). No século XIX, os bondes sustentavam os novos loteamentos residenciais em área de expansão, servindo tanto a burguesia quanto ao cortiço operário. Posteriormente, a rede ferroviária conectava os arredores industriais e as habitações suburbanas (percebe-se a hierarquia não apenas na dominação do espaço, mas também no tipo de transporte público predominante em cada região). Ainda que inicialmente utilizado apenas para transporte de carga e outros aspectos puramente economicos, o sistema ferroviario consolida São Paulo como polo centralizador e, ao permitir posteriormente o transporte de passageiros, abre a chamada "frente-oeste" de desenvolvimento da cidade.
Fisicamente, o considerado urbano e suburbano desde o inicio da metropolização de São Paulo confundia-se, sendo revelado pelos aspectos qualitativos da relação industrialização e urbanização. As características economicas, ao reger o processo de expansão da cidade, criam o padrão periférico e alteram a malha