Graduanda
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a presença e importância dos fatores afetivos na relação professor-aluno em sala de aula. A pesquisa baseia-se em uma tese de mestrado chamada “Afetividade e aprendizagem: a relação professor aluno”, de Elvira Cristina Martins Tassoni (UNICAMP) e principalmente nas ideias do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky.
Vygotsky foi um importante pensador em sua área, pioneiro na noção que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Ele acreditava que todo aprendizado é necessariamente mediado, e para isso, é necessário manter um processo de “mediação e internalização”, onde a maneira como o professor e aluno se tratam tornam-se importante, uma vez que é através das pessoas que a rodeiam que a criança se desenvolve, primeiro socialmente e depois individualmente, segundo ele.
Partindo daí, pretende-se apresentar uma visão geral de como a relação professor-aluno está inserida no ensino fundamental da cidade de Botucatu.
A pesquisa:
Para apresentar o perfil da relação professor-aluno, foi observado duas turmas da 5ª. Série do ensino fundamental. Na sala de aula foi observado o comportamento dos alunos e dos professores, além de, uma conversa aberta.
Como método de coleta de dados da pesquisa, portanto, utilizou-se entrevista semi-estruturada.
A escola apresentava um perfil tranquilo, não havia muitos alunos nas duas salas de aula e, algumas etapas eram seguidas pelos alunos antes de iniciar a aula, como tomar café da manhã e hora da leitura. Nesses dois momentos iniciais, foi observado um comportamento bastante afetivo e atencioso por parte das professoras, chamavam alguns alunos por nomes carinhosos e conversavam sobre assuntos extra-sala.
Após esse momento, iniciou-se a aula e em ambas as turmas (uma com aula de Matemática e outra lecionando Ciências) foram tranquilas e com bastante troca de informação entre os professores e aluno.
Quando