gRADUANDA
O serviço social em sua emergência dar-se através de vínculos fortemente estabelecidos com a igreja católica que por sua vez atribuiu ao serviço social um caráter caritativo, de ajuda ao próximo, fundamentado no tomismo, como um norte para a prática social da época.
Nesse período o assistente social era visto como um bem feitor, aquele que é provedor do bem comum. Essa identidade atribuída ao SSO pela instituição católica perdurou por muitos anos junto à profissão, e ainda existem resquícios dessa identidade em dias atuais.
Em meados da década de 60, o país passou por um processo de mudanças sociais políticas e econômicas. Instaura-se no Brasil o período de ditadura militar que teve início com o golpe de 30, a tomada de poder pelos militares que passaram a liderar o país com mão de ferro. Esse contexto de grandes mudanças no país, também marca o início de um processo gradativo de mudanças no âmbito do serviço social. Não dá pra pensar a renovação do serviço social sem fazer relação com a autocracia burguesa, porém é necessário ficar claro que a renovação que acontece na profissão não se resume ao contexto político da época, mas estabelece relação entre ambos em um mesmo momento histórico.
A modernização conservadora e as modificações profundas na sociedade, que se efetivaram durante o ciclo autocrático burguês sob o comando do grande capital, atingiram o serviço social diretamente em dois níveis, na sua prática e na sua formação profissional.
O processo de autocracia burguesa vai alterar a questão do trabalho. No caso do serviço social o que vai referenciar a profissão é o mercado de trabalho e não mais a ligação com a igreja. Houve uma transformação também nas instituições que empregavam os assistentes sociais sob uma reformulação funcional e organizacional. O próprio Estado é quem impõe as determinações para que o mercado de trabalho se apresente dessa forma aos