Graduanda
Introdução
A semiótica é a ciência que preocupa-se em desvendar como ocorre a construção dos sentidos em um texto. Deste modo, uma análise semiótica busca encontrar os significados e relações internas e externas ao texto, e a forma como este insere-se como um “todo de sentido”.“Para explicar ‘o que o texto diz’ e ‘como o diz’, a semiótica trata, assim de examinar os procedimentos da organização textual e ao mesmo tempo, os mecanismos comunicativos de produção e de recepção do texto” (BARROS, 1990).
Por texto compreendemos toda e qualquer produção que possa ser identificada como um objeto de significação, ou seja, o texto não reduz-se apenas à produção escrita, mas qualquer manifestação, seja ela oral, escrita, visual, musical ou sincrética, contanto que constitua uma unidade de sentido. É necessário ressaltar que todo o texto está imbuído dentro de aspectos que lhe são exteriores, como o contexto sócio-histórico no qual foi escrito e a intencionalidade do autor ao escrevê-lo, neste caso, a semiótica não despreza tais circunstâncias, mas sim agrega os aspectos exteriores aos aspectos interiores em sua análise. “ O texto precisa ser examinado em relação ao contexto sócio-histórico que o envolve e que, em última instância, lhe atribui sentido” (BARROS, 1990). Há, obviamente uma crítica a quem se atem ora aos aspectos externos, ora aos aspectos internos de um texto; os primeiros são taxados de “reducionistas” e de alienados quanto aos acontecimentos históricos e suas consequências, enquanto os últimos são criticados por sua subjetividade e de confundirem a análise do texto propriamente dito com outras análises.
“Para construir o sentido do texto, a semiótica concebe o seu plano do conteúdo sob a forma de um percuso gerativo” ( BARROS, 1990). Este percurso é dividido em três partes primordiais, para a análise, que seguem de um nível mais fundamental