graduado

Clínica. Esta é a palavra que está associada às representações sociais quando se trata do papel do psicólogo. O modelo clínico assistencialista, voltado para o indivíduo muitas vezes de forma a - histórica e abstrata não perpassa apenas no ideário da população leiga, mas, se engendra numa constante não só na formação dos profissionais, mas também no seu exercício diário das práticas. Nesta vasta colcha de retalhos que é a psicologia, apontada como uma ciência da saúde, vários campos despontam para o estudo daquilo que seria o inconsciente, a subjetividade, as representações sociais, a cognição, a motivação, quaisquer que sejam os elementos que resultam no comportamento e nas relações humanas. Estas práticas não se constituem apenas como um campo de práticas, mas como uma visão de mundo que possibilitam pensar o homem e seus processos dentro de um determinado viés. Aquilo que acaba por prejudicar a ciência e profissão Psicologia é acreditar ou não perceber que a atuação e a teoria não se encerram apenas nestes campos. Mas estes são ferramentas para a compreensão do homem nos diversos setores do desenvolvimento tais quais a política, o trabalho, o trânsito, a educação e a saúde. Para um sem número de profissionais e graduandos, a psicologia se encerra num campo de atuação da saúde e confundem essa saúde com clínica. A psicologia é sim uma ciência da saúde, mas é necessário compreender esta saúde como algo que engloba todos estes setores. Substituir este conceito ultrapassado de saúde como ausência de doença e repensá-lo de forma holística como um ente que perpassa que se constrói na integração entre o físico, psicológico, social, espiritual e ecológico (um ecológico este como o compreendido por Brofembrenner). Tal qual grande parte das instituições responsáveis pela formação em psicologia, esta universidade UFRB, acaba por instituir uma prática de ensino voltado à clínica, com esparsas oportunidades de fuga deste modelo e da visão de mundo cognitiva -