graduada
Escolar ou Punição?
Dra. Maria Aparecida Lemos Silva1
“Só na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado,é quem pode ensinar a pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas.”
”O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo.”
(PAULO FREIRE, 1996).
Resumo: Este artigo ressalta a preocupação que, como educadora, cultivo com relação à avaliação escolar das crianças e jovens que freqüentam o ensino fundamental.
Com base nos resultados de minha dissertação de mestrado e tese de doutorado concluí que enquanto os educadores não se assumirem como pessoas que vivem em sociedade na qual e pela qual, dialógica e dialeticamente, enfrentam desafios e dilemas pessoais, profissionais, sociais, enquanto não acreditarem nas possibilidades de crescimento, de mudança, a sua prática avaliativa não passará de uma farsa: uma forma dissimulada de avaliar, melhor pensando de rotular pessoas pela vida afora.
Abstract: This article emphasizes a concern I have as an educator with the children and teenager’s school assessment in secondary school. Based on my master’s dissertation and my doctoral thesis I can conclude that educators must take responsibilities as people who face challenges, personal professional and social dilemmas. Thus, educators must
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Doutora em Educação. Professora do Mestrado em Educação e Cultura do Centro de Ciências da Educação da UDESC.
believe in their possibilities of growth and change. Otherwise, their assessment practice will be reduced to a farce. That is, a dissimulating way of assessing and labeling people throughout their lives.
INTRODUÇÃO
Ao refletirmos sobre a prática da Avaliação escolar, com compromisso e responsabilidade de educadores