Gps e a matemática
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GIS, Cartografia e Matemática
Por MundoGEO | 0h00, 31 de Maio de 2008
Por Eduardo de Rezende Francisco
Deparei-me recentemente com o artigo “A Matemática e a Cartografia”, de Geraldo Ávila (Revista do Professor de Matemática, 65, de 2008), que traz um pouco da história da aproximação entre essas duas ciências. Reproduzo aqui parte desse artigo, estendendo-o para episódios históricos que abordam o advento das geotecnologias.
A Cartografia, arte de fazer mapas, tem uma história antiga, que remonta a milênios antes de Cristo. Nos tempos modernos, a partir de meados do século XV, a elaboração de mapas tornou-se uma atividade de interesse crescente, principalmente devido às grandes navegações, que exigiam mapas cada vez mais confiáveis. Desde a origem da Cartografia, a Matemática sempre constituiu a base para a formulação e construção do conteúdo desse campo do conhecimento, da representação gráfica da superfície terrestre e dos objetos geográficos. Escala, proporções, coordenadas geográficas, projeções cartográficas, fuso horário, e muitos outros, são conceitos matemáticos fundamentais para a leitura de mapas.
Mapas do mundo conhecido foram feitos desde tempos bem remotos. De todos esses mapas, o mapa-mundi de Cláudio Ptolomeu (83 – 161 d.C.) teve vida bem longa, servindo a seus contemporâneos ainda no tempo do Império Romano, passando pelos árabes e voltando à Europa ainda na Idade Média.
Esse mapa encontra-se em sua importante obra, Geographia (Geographiké Hyphegesis), que influenciou cartógrafos, navegadores e astrônomos do século XV e boa parte do século XVI.
Mapa de Ptolomeu
As navegações foram um grande estímulo para que se intensificassem os esforços na confecção de mapas cada vez mais informativos e confiáveis, dentre os quais o mapa (e a projeção) de Mercator, que ficou sendo o mais importante e famoso até os dias de hoje. Assim, com o tempo, o mapa