Governo José Sarney
Depois de o Brasil ter passado 21 anos sendo governado por militares, onde o povo era obrigado a sofrer com a pressão imposta por eles e sobretudo a passar pelo que todos conheceram como o período de ditadura militar, uma das épocas mais escuras de nossa história, o país se via novamente enxergando o que poderíamos chamar de luz no fim do túnel, prestes a sair de uma fase tão sombria e conturbada.
A partir do mandato do militar Ernesto Geisel, entre os anos de 1974 e 1979, o Brasil foi passando pelo que podemos chamar de processo de redemocratização, algo lento e gradual que aos poucos foi inserindo novamente o país no mundo da democracia, porém foi no governo de João Figueiredo, entre 1979 e 1985 que o país realmente saiu das mãos dos militares e passou para os civis, depois de viver anos de frustração em busca desse sonho de liberdade. O civil Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio Eleitoral no ano de 1985, com 480 votos, enquanto que seu adversário, Paulo Maluf, um representante da ditadura, obteve apenas 180 votos.
Porém algo alarmante aconteceu, pois o novo presidente eleito sequer chegou a assumir o cargo presidencial, pois no dia 15 de março do mesmo ano todos os noticiários davam conta de que ele havia sido internado às pressas no hospital de Brasília, e que agora quem subiria a rampa do planalto e assumiria o cargo temporariamente seria seu vice, José Ribamar Ferreira Araújo da Costa Sarney, popularmente conhecido como Sarney. Em 21 de abril Tancredo neves veio a falecer, e o vice passou a ser o então novo presidente definitivo.
O governo de José Sarney
Assim que assumiu a presidência, uma das primeiras atitudes de José Sarney foi avisar a todos que o processo de redemocratização do país traria muitas mudanças, e a primeira delas veio logo em seguida, no dia 8 de maio de 1985, quando a emenda constitucional que estabelecia eleições diretas para presidente, prefeito e governador foi aprovada. O que também