Governo de Jânio Quadros
Jânio Quadros pode ser visto como um homem do povo brasileiro. Sua carreira política considerada rápida foi sustentada por aparições públicas apelativas onde sempre fazia questão de se mostrar como um líder carismático das massas. Em menos de uma década, conseguiu eleger-se vereador, prefeito, governador e deputado federal pelo Estado de São Paulo. Em 1960, lançou sua candidatura à presidente prometendo superar todos os problemas deixados pelo governo de JK.
Utilizando a vassoura como símbolo de sua campanha presidencial, insistia em moralizar o cenário político nacional e “varrer” a corrupção do país. Contando com essas premissas, Jânio conseguiu uma expressiva votação, indicando a consolidação do regime democrático no país. No entanto, as contradições e a falta de um claro posicionamento político fizeram com que o mandato de Jânio, fosse tomado por situações comprometedoras. Para superar o problema da inflação e o visível déficit público, Jânio procurou reduzir a concessão de crédito e congelou o valor do salário mínimo. Além disso, aprovou uma reforma da política cambial que atendia as demandas dos credores internacionais. Tais medidas pareciam sinalizar um conservadorismo político que aproximou o governo de Jânio Quadros aos interesses do bloco capitalista. No entanto, sua política internacional provou o contrário. Em meio a tanta polêmica, Jânio Quadros perdia sua popularidade com a adoção de medidas de pouca importância. Entre outras ações tomadas pelo seu governo, Jânio proibiu a realização de desfiles de biquíni, a realização de rinhas de galo, limitou as corridas de cavalo para os fins de semana e proibiu o uso de lança-perfume. Tais medidas o colocaram como uma liderança desprovida de um projeto político capaz de superar os problemas que assolavam o país. Segundo alguns historiadores, as alas políticas mais conservadoras e os militares não desejavam que João Goulart se tornasse presidente do país. No entanto, nenhuma