Governo de Jango
Diversas autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China.
Paralelamente, sabendo das pressões que o cercavam, Jango estendeu sua viagem realizando uma visita estratégica aos EUA, como sinal de sua proximidade ao bloco capitalista.
Com a possibilidade do golpe militar enfraquecida por essas ações, o Congresso Nacional aprovou a mudança do regime político nacional para o parlamentarismo. Mas como ainda havia a pressão dos conservadores, Jango, no dia 7 de Setembro de 1961, assumiu sua vaga com poderes limitados.
Em 1963, a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, dando fim ao parlamentarismo, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. Com a volta do antigo sistema, João Goulart defendeu a realização de reformas que poderiam promover a distribuição de renda por meio das chamadas Reformas de Base, que visavam o melhoramento do desenvolvimento econômico, o combate à inflação e a diminuição do déficit público.
O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e as classes médias. Com isso, membros das Forças Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart. Ao mesmo tempo, os grupos conservadores realizaram um grande protesto público com a realização da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
Como resultado, houve o golpe militar que tirou Jango de seu cargo. No