Governaça coorporativa

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No Brasil, cresceu a percepção de que o nosso mercado de capitais não irá deslanchar sem que as práticas de governança corporativa sejam mais bem definidas em nossas leis, bem compreendidas pelas entidades reguladoras e autoreguladas e mais intensamente adotadas em nossas companhias.

A reformulação da Lei das S.A., a partir de 2001, foi um importante marco para que o mercado de capitais brasileiro iniciasse os primeiros passos na prática de políticas de boa governança. Durante muito tempo os acionistas brasileiros, institucionais ou não, posicionaram-se fora da gestão da empresa, o que induzia a uma administração pouco transparente e que muitas vezes não objetivava a maximização dos resultados da empresa a longo prazo.
Imbuir os acionistas brasileiros do espírito de propriedade que sua ação representa é uma tarefa importante que pode ser fortalecida com boas práticas de governança corporativa.
Falar em governança corporativa significa discutir a minimização da assimetria de informação existente entre a empresa e os diversos agentes envolvidos: acionistas, credores, fornecedores e empregados. A maior transparência proposta pela governança tenderá a induzir à redução do custo de capital, uma vez que os credores terão maior credibilidade nos dados da empresa e os acionistas estarão dispostos a investir, se acreditarem que o grupo controlador ou gestor não poderá manipular as informações em proveito próprio.

Embora o instituto da governança corporativa pareça ser um tema novo, tratase de uma nova roupagem dada a antigas discussões jurídicas sobre o poder de controle e da administração das sociedades anônimas. Mas foi ao longo dos últimos dez anos que o conceito de governança corporativa ganhou força extraordinária no Brasil e no mundo, tendo se instalado na agenda dos grandes investidores institucionais e se tornado primordial para as companhias que querem buscar recursos no mercado de ações.

A governança corporativa congrega um conjunto de práticas

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