Governança
Democracia Participada As sociedades modernas, estão cada vez mais a pensar a governança em sistemas, que podemos chamar, de democráticos pragmáticos, onde a participação da sociedade civil adquire uma importância fulcral, e lhe é exigida a fiscalização da implementação das políticas pelos órgãos executivos por si eleitos. É também desejável neste quadro, que os problemas menores e ou situações que digam respeito à organização da vida da comunidade local, sejam resolvidos pelos próprios, de forma participativa, por forma a que estes se sintam envolvidos na tomada de decisão e as tomem como suas. Existem exemplos de sociedades desenvolvidas e prósperas, em que o cidadãos têm uma consciência bastante enraizada sobre os seus direitos e deveres, influenciando de uma forma directa a alocação do dinheiro arecadado em sede de impostos. Temos como exemplo a Suécia em que a sociedade civil é responsável directamente pela utilização de 72% dos impostos recolhidos pelo estado. Desta forma, num sistema de democracia participada, a sociedade civil tem de saber organizar-se em sistemas que passarão por cooperativas, movimentos sociais, associações, para que pela base da população, se possa dar uma reorganização do próprio estado e das finanças, para que o controlo e a gestão dos recursos disponíveis, que em última análise são os recursos de todos nós, sejam efectivamente escrutinados.
O fim das simplificações
Tem-se verificado o progressivo abandono das arcaicas definições de esquerda e direita, onde o mundo era dividido entre dois blocos, em que cada um considerava o outro como sendo o “mau”. Por direita vinha-nos imediatamente à cabeça um mecanismo de regulação da sociedade fundamentada na lei do mercado, baseada em sistema de propriedade privada, em que a privatização seria a regulação e tendo por base política os empresários. No polo oposto encontrávamos a esquerda, que