Governança Democrática
TÍTULO E SUBTÍTULO: Governança Democrática: Uma Genealogia
AUTOR: Mark Bevir (tradução de Gustavo Biscaia de Lacerda)
EDIÇÃO: Princeton: Princeton University – Democratic Governance, (2010)
Em síntese – o artigo de Bevir trata dos problemas da democracia observados sob os prismas das ideias e da execução. Coloca frente à frente a democracia representativa e a governança democrática, abordando tópicos como as variáveis da accountability e sugerindo mais participação pública e dialógica. p. 103 / INTRODUÇÃO – indaga sobre a mudança da organização e da ação públicas, passando da hierarquia e da burocracia para os mercados e as redes.
p. 103-109 / UMA GENEALOGIA DA GOVERNANÇA – suscita o historicismo desenvolvimentista que marcou a Ciência Política do fim do século XX, exemplificando tal historicismo pela história do partido Whig (que compreendia liberais e democratas britânicos, opositores aos conservadores), da filosofia idealista e da teorização evolucionista. Por sua vez, a Ciência Social contemporânea é dominada por duas variedades de modernismo, que contrastam com historicismo desenvolvimentista: uma privilegia a maximização da utilidade e a outra privilegia a adequabilidade relativamente às normas sociais.
A economia neoclássica incorpora um conceito de racionalidade postulada como um axioma sobre o qual se pode elaborar modelos dedutivos; ela não é estruturada como um princípio com o qual se possa interpretar fatos descobertos por meio de pesquisa indutiva e empírica. Ao comentar a passagem do historicismo desenvolvimentista para o modernismo, o autor afirma que tal transição alterou o conceito e a natureza do Estado. A Ciência Social modernista ajudou a criar as condições para o Estado administrativo.
A nova governança consiste nas teorias e nas reformas interconectadas por meio das quais os povos conceberam a crise do Estado e responderam. Ela (governança) surgiu em duas ondas analiticamente distintas da reforma do setor