Governança corporativa
A governança corporativa, segundo definição do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) tem como objetivos e princípios básicos a transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e a responsabilidade corporativa.
Tais princípios e objetivos visam transformar as relações entre acionistas majoritários e minoritários em relações justas e igualitárias. Os agentes de governança devem prestar contas a quem os elegeu e responder integralmente pelos atos praticados no exercício de seus mandatos.
A responsabilidade corporativa é também uma forma de se pensar na perenidade da organização. Seus propósitos vão além de discussões no âmbito da gestão e englobam valores e objetivos sociais como a criação de riquezas, oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da força de trabalho, envolvimento em questões sociais e ambientais, engajamento nas comunidades em que em atua.
No século XX um grande conjunto de fatores proporcionou o agigantamento das corporações. O sistema capitalista recuperou-se e do crash dos anos 30 e as corporações voltaram a crescer de forma vertiginosa. Com este agigantamento houve um processo histórico de divisão do capital de controle e este ocorreu com mudanças expressivas tais como: a constituição das Sociedades Anônimas, o aumento dos números de investidores, abertura do capital das empresas fechadas, processos sucessórios, fusões, aquisições dentre outros. O sistema acionário possibilitou por um lado à expansão e agigantamento e de outro a concentração do poder econômico das grandes empresas. Ocorreu dentro deste movimento a dispersão do numero de acionistas e a despersonalização da propriedade. Os acionistas tornaram-se, em grande e crescente numero de empresas, proprietários passivos.
Entre acionistas e gestores passara a acorrer e a se aprofundar com o correr do tempo conflitos de interesses