Governança corporativa
1 INTRODUÇÃO
O mundo globalizado vem sofrendo diversas modificações no sentido de adequar-se a um cenário onde as empresas cada vez mais procuram focar seus esforços na criação de valor para todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente em sua operação. A globalização fez crescer o comércio mundial, rompendo fronteiras e barreiras internas dos países.
O capital externo exerceu um papel importante no Brasil durante os anos 90. Ribeiro Neto e Famá (2001) consideram o intenso programa de privatização, a maior facilidade de entrada de investimentos estrangeiros e a estabilização da economia como fatores essenciais neste processo.
Esta percepção foi atribuída a Siffert (1998), ao afirmar que mudanças estruturais como privatizações, abertura comercial e estabilização econômica redefiniram as condições concorrenciais, ou seja, sem a proteção estatal, fez-se necessária a busca por qualidade nos produtos e serviços, e também se abriram oportunidades à iniciativa privada.
O desempenho positivo do mercado de capitais brasileiro, nos últimos anos, incentivou o aumento da entrada de divisas; com isso as empresas precisam divulgar informações cada vez mais esclarecedoras aos seus acionistas, pois os mesmos querem seus direitos assegurados e ampliados. Tudo isto faz com que o investidor torne-se mais participativo no controle da empresa.
Os recursos estrangeiros que entram no Brasil procuram empresas mais transparentes nas informações prestadas, que estejam buscando, continuamente, alinhar os objetivos da administração aos interesses dos acionistas, ou seja, que adotem as boas práticas de GC. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC):
Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho
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Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade