Gonzaga duque
GONZAGA-DUQUE E A REPRODUÇÃO DO REAL
Atividade apresentada na disciplina Tópicos Especiais em História VII – História da Arte, ministrada pelos professores Dr. Luciano Migliaccio e Dra. Cláudia Valladão de Mattos, como requisito parcial para a conclusão da disciplina e validação dos créditos.
Aluno: Elizeu do Nascimento Silva
São Paulo, dezembro de 2009 GONZAGA-DUQUE E A REPRODUÇÃO DO REAL
Considerada em conjunto, a produção artística é uma expressão cultural de épocas e lugares determinados, refletindo não apenas a estética predominante na sociedade onde vem à luz, como também sua ética e seus valores, seu modo de pensar e de se relacionar com o meio. Vista desta perspectiva, a apreensão de seus significados deveria constituir-se num processo natural para a sociedade contemporânea e conterrânea do artista, favorecida pela proximidade na visão de mundo, nos valores e nas formas de relações com o meio. Além disso, quanto mais se torna abstrata, mais a arte se universaliza – o que, em tese, a tornaria também mais decifrável. Sabe-se, contudo, que não é assim. Espíritos livres, os artistas atuam na esfera do devir, sem compromisso com o cognoscível imediato. É uma visão particular que se pretende universal, exigindo a participação de todos os atores do jogo da arte[1] relatado por CAUQUELIN (2005:98), jogo este no qual as imagens (tropos) apenas sugerem seus significados e a organização da obra não se sujeita a uma sintaxe rígida e universal. Para além dos aspectos lúdicos, o jogo da arte avança para o campo filosófico em busca das relações entre o sujeito e o objeto artístico, cuja totalidade é condição indispensável para a existência da obra.
A obra como ‘jogo’ só brota com a condição de participação