Golpe de aríete
Corresponde ao choque (onda de choque), resultante do súbito decréscimo na velocidade de um fluido. A queda da energia cinética do fluido, implica numa súbita e localizada variação na pressão, o que causará uma onda de pressão que se deslocará pela tubulação na velocidade do som no fluido. Portanto as variações ou acréscimos de pressão, são decorrentes de variações na vazão ou fluido.
As variações na vazão decorrem, por sua vez, por perturbações voluntárias ou involuntárias, que se interponham ao fluxo de líquidos e gases em condutos forçados, tais como:
• Aberturas e fechamento de válvulas
• Falhas mecânicas de dispositivos de proteção e controle
• Parada de turbinas hidráulicas e de bombas, nestas últimas a causa principal é a queda de energia no motor
Durante o fenômeno do golpe de aríete, a pressão poderá atingir níveis muito altos e não previstos no projeto. Esse fato poderá causar sérios danos ao conduto (tubulação) ou avarias nos dispositivos nele instalados. Tais como: ruptura de tubulações por sobrepressão, abarias em bombas e válvulas, colapso de tubos devido a formação de vácuo.
Na engenharia hidráulica é pratica usual procederem-se à análise do golpe, procurando quantificá-lo numericamente, para que seja possível a apuração de medidas preventivas, que venham a anular ou minimizar seus efeitos indesejáveis. O simples desconhecimento dos efeitos de um golpe de aríete pode implicar em projetos de sistemas de tubulações com paredes desnecessariamente espessas (superdimensionadamente) ou perigosamente reduzidas (subdimensionamento).
A análise do golpe de aríete, nem sempre é muito simples, requerendo em muitos casos o auxílio de softwares especiais, pois os métodos de cálculos tradicionais podem se tornar não confiáveis. A complexidade da análise é maior nos casos de sistemas ramificados ou com malhas de tubos, tornando indispensável o uso do computador.
No Brasil, o método computacional adotado (método das características) consta da