Golpe de Aríate
No momento em que se modifica brutalmente a velocidade de um fluido em movimento numa canalização, acontece uma violenta variação de pressão. Este fenômeno, transitório, é chamado de golpe de ariete e aparece geralmente no momento de uma intervenção em um aparelho da rede (bombas, válvulas...). Ondas de sobrepressão e de subpressão se propagam ao longo da canalização a uma velocidade a, chamada velocidade de onda.
Os golpes de ariete podem acontecer também nas canalizações por gravidade. Podemos destacar as quatros principais causas do golpe de ariete: a partida e a parada de bombas; o fechamento de válvulas, aparelhos de incêndio ou de lavagem; a presença de ar; a má utilização dos aparelhos de proteção.
A velocidade com que uma onda se desloca numa tubulação é chamada de celeridade.
Período da tubulação: refere-se ao intervalo de tempo necessário para a onda de pressão percorrer o caminho de ida e volta da válvula de retenção ao reservatório e deste à válvula de retenção.
Duração da manobra de fechamento
O tempo de fechamento do registro (RG) pode ser maior, igual ou menor que o tempo T, que é igual ao período da tubulação. Chamando de t, o tempo de fechamento de RG, as manobras podem ser classificadas em:
Manobra rápida: quando t<T=2L/C., isto é, o tempo de fechamento é menor que o período da tubulação;
Manobra lenta: quando t>T=2L/C., isto é, o tempo de fechamento do RG é maior que o período do conduto elástico.
Métodos de prevenção:
Existem vários métodos disponíveis para combater o golpe de aríete, tais podem ser classificados em dois tipos: os preventivos e os corretivos.
Alguns métodos utilizados são:
a) Limitação da velocidade nos encanamentos, de modo a manter Umáx = 0,6 + 1,5D;
b) Fechamento lento de válvulas e registros;
c) Emprego de válvulas ou dispositivos mecânicos especiais cujas descargas impedem valores excessivos da pressão, como “válvulas de alívio”.
d) Construção de “chaminés de equilíbrio”