Golpe de 64

Começo minha análise sobre as circunstâncias políticas, econômicas e sociais que levaram ao golpe militar de 1964, a partir desenvolvimento Juscelinista, em 1955. O governo de Juscelino
Kubitshek, com sua política econômica que combinava o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro, foi importante para o desenvolvimento econômico do Brasil, mas, em contrapartida, o crescimento econômico acelerado acabou por enfraquecer a empresa privada nacional e aumentar a dependência externa, sem realizar reformas estruturais e sem dar maior atenção a alguns setores da sociedade.
Em 1960, Jânio Quadros, candidato de oposição, vence as eleições para presidente do Brasil, cargo ao qual ele renuncia menos de sete meses depois, deixando para o vice-presidente, João
Goulart. Jango assume a presidência em meio a uma crise política, e a instabilidade que essa crise provoca, só aumenta ao longo de seu governo. O presidente se torna uma ameaça aos interesses econômicos dos Estados Unidos, que após a Segunda Guerra Mundial, se tornam uma grande potência, interessada em aumentar seu poder político e econômico, através de alianças com outros países. João Goulart era considerado um esquerdista, que tinha planos de transformar o Brasil em “outra Cuba” e acabaria perdendo o controle para os comunistas.
A partir dessa premissa, militares que eram opositores ao governo de Jango, se uniram aos americanos para tramar o golpe que acabou tirando o presidente do poder, e abrindo caminho para o golpe militar que perdurou por vinte e um anos, cerceando direitos constitucionais e a liberdade do povo brasileiro.

Bibliografia:
Brum, Argemiro – Desenvolvimento Econômico Brasileiro
O Dia Que Durou 21 Anos
O Longo Amanhecer
São Paulo- Sociedade Anônima