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Farmacologia da Analgesia
Robert S. Griffin e Clifford J. Woolf
Introdução
Caso
Fisiologia
Transdução Sensorial: Excitação dos Neurônios Aferentes
Primários
Condução da Periferia para a Medula Espinal
Transmissão no Corno Dorsal da Medula Espinal
Regulação Inibitória Local e Descendente na Medula Espinal
Fisiopatologia
Dor Clínica
Sensibilização Periférica
Sensibilização Central
Dor Neuropática
Enxaqueca
Classes e Agentes Farmacológicos
Agonistas dos Receptores Opióides
Mecanismos de Ação e Principais Efeitos Adversos
INTRODUÇÃO
Todos nós já experimentamos dor em resposta a um estímulo intenso ou nocivo. Essa dor fisiológica nos ajuda a evitar uma possível lesão, atuando como alerta precoce ao sinal protetor. Entretanto, a dor também pode ser incapacitante, como a que ocorre após traumatismo, durante a recuperação de uma cirurgia ou em associação a afecções clínicas caracterizadas por inflamação, como a artrite reumatóide. Em circunstâncias nas quais há lesão tecidual e inflamação, os estímulos nocivos provocam dor mais intensa do que o normal, devido a um aumento na excitabilidade do sistema somatossensorial, e estímulos que normalmente não causariam dor tornam-se dolorosos. Além disso, a lesão nervosa provocada por doença ou traumatismo, como nos casos de amputação, na infecção pelo HIV, na infecção pelo vírus varicela zoster (VZV), no tratamento citotóxico e no diabetes, produz dor que persiste por muito tempo após o desaparecimento da causa desencadeante.
Nessas condições, alterações patológicas e algumas irreversíveis na estrutura e na função do sistema nervoso produzem dor intensa e intratável. Para esses pacientes, a dor constitui mais uma patologia do que um mecanismo de defesa fisiológico. Por fim, existem pacientes que sentem dor considerável na ausência de estímulos nocivos ou de inflamação ou lesão do sistema nervoso. Essa dor disfuncional, como aquela observada na cefaléia tensional, na fibromialgia ou na