Goiania

GOIANIA

A experiência de Belo Horizonte trouxe ideias para o estado limítrofe de Goiás, em pleno Brasil central. Embora não tivesse o mesmo poder econômico do estado vizinho autoridades encorajaram-se a imitar o exemplo e criar uma nova capital, devido as necessidades de somar às funções administrativas a de mercado atribuidor, do qual necessitavam.
O local escolhido por considerações práticas e imediatas foi em um distrito agrícola, à 100km de distancia da antiga sede, sem intensão de unificar um território díspar. A parte norte, sem meios de comunicação, ficou abandonada e a parte sudoeste acentuou o caráter da chefia do Estado.
Para traçar o plano da cidade foi encarregado Attílio Correa Lima, arquiteto especializado em questões do urbanismo. A primeira medida tomada por ele foi deslocar o terreno para o núcleo central, devido à questões técnicas e formais relativas ao ponto elevado que contribuía para a instalação de reservatórios de agua para a cidade e as configuração topográficas do terreno com concavidade regular e declividades suaves que facilitava um desenvolvimento equilibrado e sistemático.
O plano explorava o máximo da topografia, no sentido pratico e estético. As vias principais seguiam as linhas do declive e as ruas secundarias delineavam-se de acordo com o relevo evitando o alagamento pelas chuvas tropicais comuns na região. Todos os sentidos do traçado favorecem a evacuação da agua das chuvas e dos esgotos que as levavam para coletores gerais localizados nos fundos dos vales.
Estas vantagens favoreceram o centro administrativo, localizado no ponto central da cidade, que foi para onde convergiam as três principais avenidas que eram arrematadas por uma praça circundada pelo centro. O centro político-administrativo e comercial foram separados, o primeiro situado fora da densa circulação, no fim da espinha dorsal da Avenida Pedro Ludovico (hoje Goiás) e atraía a população que estava diretamente ligada a ele e à zona residencial situada