Gnosiologia 11º
René Descartes: Racionalista, admite que o conhecimento é inato à razão. Desta forma, a nossa razão é uma substância com conteúdo que vamos desenvolvendo ao longo do tempo.
- O primeiro nível declara como falsas as representações sensíveis (tem dimensão gnoseológica);
- O segundo nível põe em causa a própria existência do mundo físico e corpóreo (tem dimensão ontológica).
Após a aplicação da dúvida, ficamos com uma irrefutável afirmação: a evidência do ‘Cogito’ (eu pensante). “Penso, logo existo”, um “nada” não poderia pensar. Daqui parte o primeiro conhecimento indubitável, claro e distinto, que constituirá o fundamento do Saber o Cogito (Res Cogitans)
Portanto, não há qualquer verdade anterior ao ‘Cogito’; ele é necessariamente a verdade primeira ou primordial, para quem pensa ‘por ordem’. A realidade do sujeito pensante é, necessariamente, anterior à realidade das coisas que poderá vir a conhecer.
A partir daqui, podemos obter uma separação essencial entre Alma do Corpo. Sou uma substância (exclusivamente) pensante - «res cogitans». Não sou uma substância corpórea (res extensa).
A dúvida purificou a razão, libertando-a de falsos princípios e conhecimentos enganadores. É correto dizer que o racionalismo cartesiano conduziu a filosofia (ou o sistema do Saber) a um recomeço e que esse recomeço (esse fundamento ou alicerce sólido) é o sujeito puramente racional. Desta forma, a função de validar o conhecimento fica exclusivamente entregue à razão (e não aos sentidos/experiência) o que reforça a ideia de estarmos perante uma posição racionalista.
Ainda sei que penso duvidando. Esta forma de pensar é imperfeita, e como sei disso? Sei porque reconheço que pensar sabendo é mais perfeito do que duvidando. No entanto, sendo eu um ser imperfeito, como posso ter a ideia de perfeição? A resposta a esta pergunta em Descartes é simplesmente que existe um ser perfeito – Deus.
Deus, aquele que me criou, depositou em mim a ideia da sua existência, de modo a